A maioria das doenças renais afetam os néfrons fazendo com que eles percam sua capacidade de filtração. O dano nos néfrons pode acontecer de uma maneira rápida como por exemplo trauma ou envenenamento. Mas, a maioria das doenças renais destroem os rins devagar e silenciosamente (Doença renal crônica). Somente depois de anos ou décadas o dano se torna aparente. A maioria das doenças renais afetam ambos os rins de forma simultânea.
As causas mais comuns da doença renal crônica são:
Se a sua família apresenta histórico de algum problema renal você está no grupo de risco para doenças renais.
A pressão arterial é a força do sangue contra as paredes dos vasos sanguíneos, à medida que o coração bombeia sangue para os vasos do corpo. Se essa pressão está muito elevada você pode ter hipertensão arterial. A pressão arterial normal é menor que 120/80mmhg.
Com o passar do tempo a hipertensão arterial causa danos aos pequenos vasos sanguíneos dos rins. Esses danos diminuem a capacidade de filtração dos capilares renais. Sendo assim, a hipertensão pode levar à doença renal crônica.
A pressão arterial alta pode ser tratada efetivamente. O seu médico deve prescrever medicamentos para pressão arterial. Medicamentos como enzimas inibidoras da conversão da angiotensina (ACEi) e bloqueadores do receptor da angiotensina (ARBs) são capacitados para controlar a pressão arterial. Não somente esses medicamentos, mas foi comprovado que eles realizam uma melhor proteção renal do que outros medicamentos que causam uma redução similar da pressão arterial.
Além dos medicamentos, alguns procedimentos são efetivos, como:
Atenção! Se você for portador da doença renal crônica é de extrema importância manter sua pressão arterial menor que 130/80mmhg.
Categoria | Sistólica | Diastólica | |
Ótimo | < 120 | e | < 80 |
Normal | 120-129 | e/ou | 80-84 |
Acima do normal | 130-139 | e/ou | 85-89 |
Grau 1 - Hipertensão | 140-159 | e/ou | 90-99 |
Grau 2 - Hipertensão | 160-179 | e/ou | 100-109 |
Grau 3 - Hipertensão | >= 180 | e/ou | >= 110 |
Apesar de qualquer pessoa poder desenvolver hipertensão, aqui seguem os grupos de grande risco:
Diabetes mellitus (Diabetes) é uma doença, na qual os níveis de glicose no sangue estão acima do normal. Normalmente, quando você se alimenta o corpo quebra os carboidratos dos alimentos e o transforma em glicose, a qual é transportada pela corrente sanguínea ao longo do corpo. As células necessitam de glicose para produzir energia – esse é seu combustível. A entrada da glicose nas células é mediada pela insulina, um hormônio produzido no pâncreas. Devido a isso, a insulina ajuda a manter a concentração de glicose em níveis ideais.
No Diabetes, a capacidade do corpo em produzir e/ou utilizar a insulina está comprometida. Como resultado, a concentração de glicose no sangue aumenta demasiadamente e as células não recebem glicose. Mesmo que as células estejam “famintas” pela glicose elas precisam trabalhar e isso, se não controlado pode levar a problemas sérios.
Seu médico deve ter lhe contado que existem dois tipos de diabetes, denominados de tipo 1 e tipo 2. O diabetes tipo 1, seu corpo não produz insulina ou a produção é insuficiente. Isso é denominado de deficiência insulínica.
O diabetes do tipo 2, seu corpo produz insulina o suficiente. Porém, suas células estão incapazes de usar essa insulina. Nesse caso, as células só respondem à insulina quando ela está em alta concentração. Isso é denominado de resistência insulínica.
Uma grande concentração de glicose no sangue de forma constante pode causar complicações em diversos órgãos como o coração, olhos, nervos e rins. Elevadas concentrações de glicose quando adentram nos rins são capazes de danificar os microcapilares. Com esse dano, os rins diminuem sua capacidade de excretar os metabólitos do sangue entrando em um quadro denominado de nefropatia diabética, a qual é considerada uma doença renal crônica.
Se você é portador do diabetes deve controlar a concentração de glicose precisamente para diminuir a probabilidade de desenvolver a doença renal crônica, assim como outras consequências secundárias ao diabetes.
O diabetes do tipo 1 tem início súbito, logo na infância ou na adolescência. Pacientes portadores do diabetes do tipo 2, frequentemente, não sabem que são portadores de uma doença. A doença tem um início sútil e, geralmente, é diagnosticada em um exame de sangue de rotina.
Os possíveis sintomas do diabetes são:
Nos casos extremos, os pacientes portadores de diabetes podem manifestar:
Um exame simples de sangue para checar a concentração de glicose é a maneira mais fácil de diagnosticar o diabetes. Concentrações normais de glicose estão em torno de 65-100mg/dl em jejum. Concentrações de glicose maiores que 126mg/dl depois de uma noite de jejum ou maior que 200mg/dl depois de duas horas de uma ingestão de 75g de um suplemento de glicose diagnosticam o diabetes.Sua urina também pode ser examinada. A urina não deve conter mais que 15mg de glicose por 100ml e não pode conter corpos cetônicos.
O diabetes pode ser efetivamente controlado. Mas, isso depende do seu esforço diário. Um controle glicêmico pode ser efetivo com:
Se você é portador da diabetes tipo 1, para controlar a concentração de glicose, além da terapia insulínica, as seguintes recomendações nutricionais devem ser consideradas:
Se você é portador da diabetes tipo 2, o controle da glicose pode ser atingido por meio da medicação (comprimidos ou injeção de insulina). Embora, existam, essas práticas que ajudam no controle da glicemia:
Glomerulonefrite é uma doença renal, em que os glomérulos (filtradores) ficam inflamados e cicatrizados, perdendo devagar a habilidade de remover os metabólitos e o excesso de água do corpo. Diversos tipos diferentes de doença renal estão agrupados juntos nessa categoria. Glomerulonefrite pode causar doença renal crônica
A presença de sangue, proteínas ou ambos na urina é, frequentemente, o primeiro sinal de glomerulonefrite. Altas concentrações de proteínas podem destruir a função renal vagarosamente. O tratamento foca em diminuir o progresso da doença e prevenir complicações.
Um tratamento apropriado vai ser designado pelo seu médico baseado na sua condição, sintomas e pode incluir controle da pressão arterial e modificação na dieta, assim como a o tratamento dialítico.
Algumas doenças renais são resultados de fatores hereditários. Rim policístico, por exemplo, é uma desordem genética em que diversos cistos crescem nos rins. Os cistos podem vagarosamente substituir o tecido funcional dos rins reduzindo a função renal podendo levar à falência renal.
Alguns problemas renais podem aparecer antes mesmo do nascimento. Exemplos disso, incluem o rim policístico autossômico recessivo, uma forma mais rara de rim policístico, e outros problemas que interfiram na formação dos néfrons. Os sinais de doenças renais nas crianças variam. A criança pode crescer mais devagar, vomitar de forma frequente ou pode apresentar dores nas costas. Algumas doenças renais podem ser silenciosas por meses e até anos.
Se a sua criança tem uma doença renal, seu pediatra deve detectar durante um check-up de rotina. Certifique-se que sua criança visite o pediatra regularmente. Os primeiros sinais de doença renal podem ser hipertensão, menor número de células vermelhas no sangue (anemia) assim como, também, sangue e proteínas na urina. Se o médico encontrar algum desses sintomas, mais exames se tornam necessários como de sangue, urina e exames de imagem. Em alguns casos, o médico pode realizar uma biopsia – removendo um pequeno pedaço do rim para examiná-lo no microscópio.
Algumas doenças renais hereditárias podem não ser detectadas até a idade adulta. A forma mais comum de rim policístico era denominada de rim policístico adulto, pelo fato dos sintomas de pressão alta e falência renal, geralmente, não ocorrem até os pacientes completarem seus vinte, trinta anos. Mas, com os avanços dos diagnósticos por imagem, os médicos são aptos a detectar cistos nas crianças e em adolescentes antes mesmo do início dos sintomas.