Nutrientes

Ingestão de proteínas na doença renal crônica

Aproximadamente 16% do corpo humano é feito por proteínas. Sem as proteínas, nosso corpo seria incapaz de se cicatrizar, coagular e lutar contra infecções. Por isso, ingerir proteínas é essencial para nos mantermos saudáveis.

Proteínas consistem de aminoácidos. Seu organismo precisa da quantidade certa de proteínas e aminoácidos vindos da sua dieta, pois eles são utilizados para:

  • Reparar tecidos;
  • Produzir hormônios;
  • Produzir anticorpos e enzimas;
  • Auxiliar na manutenção do balanço ácido/básico e hidroeletrolítico;
  • Promover parte da energia consumida pelo corpo.

Onde estão as proteínas na sua dieta? Quais proteínas são as melhores?

Nossa dieta contém proteínas de origem animal e vegetal. Cada espécie de animal e plantas tem suas proteínas com características próprias. Proteínas são feitas a partir de unidades básicas – os aminoácidos. Aminoácidos são frequentemente chamados de “Tijolos da vida”. Vinte aminoácidos são comumente encontrando nas plantas e nos animais. As plantas conseguem produzir todos os aminoácidos que lhe são úteis, mas os animais e humanos não são aptos a produzir todos. Existem 9 aminoácidos, que o corpo humano não produz e eles são denominados de: aminoácidos essenciais.

A combinação de batatas com ovos promove uma ingestão de alto valor biológico.

Aminoácidos são encontrados abundantemente em alimentos ricos em proteínas. Fontes ricas de proteínas são: carne magra, aves, ovos, leite e seus derivados e frutos do mar. A maioria das comidas de origem animal contém todos os nove aminoácidos essenciais que nós precisamos – são chamadas de comidas completas em proteína. Comidas completas de proteínas também são referidas como: de alto valor biológico.

Proteínas de origem vegetal como grãos, legumes, frutas e castanhas são consideradas incompletas em proteína, porque eles apresentam baixa quantidade ou falta um ou mais aminoácidos essenciais. Alimentos incompletos em proteína são frequentemente referidos como: baixo valor biológico.

No estágio da pré-dialise da doença renal crônica a ingestão de proteínas deve ser restrita. Por isso, é recomendado que se coma menos alimentos de origem animal, pois eles são repletos de proteínas. Além do mais, proteínas de origem animal costumam acelerar a progressão da doença renal crônica, mais do que as proteínas de origem vegetal. Mesmo sem a carne consegue-se alcançar uma alimentação de alto valor biológico, combinando alimentos que se complementam nas suas análises nutricionais. Por exemplo, ovos com batata, feijão com ovos, cereais e leite.

Ingestão de proteínas durante a pré diálise

Com seus hábitos alimentares, as pessoas em diferentes países ingerem aproximadamente 1-1.2g proteína/kg peso/dia (mais ou menos 60-90g proteína/dia). Isso é superior do recomendado para adultos saudáveis que fica entre 0.7-0.8g/kg peso/dia e é demais para seus rins que estão em falência. Alta quantidade de proteínas lesa os néfrons e acelera a progressão da doença renal crônica. Então, a dieta é direcionada para aliviar a pressão exercida sobre os rins.

A ingestão de proteínas deve ser limitada pelo menos em 0.7-0.8g/kg peso ideal/dia. Embora, estudos demonstram, que seja mais eficiente uma restrição proteica (0.3/0.4-0.6g/kg peso/dia) suplementada com aminoácidos e cetoácidos essenciais.

Restrição proteica de 0.6g/kg peso/dia é recomendada para indivíduos com TFG menor que 60-50ml/min (estágios 3 – 5). Se a TFG reduzir para menos que 25ml/min (estágios 4-5) uma dieta muito pobre em proteínas (0.3-0.4g proteína/kg peso/dia) deve ser indicada. Com essa redução da ingestão fica mais difícil de conseguir pela alimentação os aminoácidos essenciais. Para prevenir a desnutrição, se faz necessário o uso de suplementação. Essa suplementação é necessária em dietas muito pobres em proteína (0.3-0.4g proteína/kg peso/dia) e também é útil em dietas de restrição 0.6g/kg peso/dia para garantir a ingestão de aminoácidos.

A suplementação é um método simples e seguro de se obter os aminoácidos essenciais, preferencialmente, muitos deles como cetoácidos. Cetoácidos são precursores dos aminoácidos, porém sem o nitrogênio. Os cetoácidos são transformados em aminoácidos no próprio corpo. Dessa forma, o nitrogênio, circulante no organismo, é deslocado para os cetoácidos e os níveis dele na corrente sanguínea diminuem.

Outra vantagem de se usar os suplementos com cetoácidos é que a maioria deles estão na forma de sais de cálcio, o que contribui para a ingestão adicional de cálcio. Em parte, o cálcio consegue reagir com o fosfato no intestino e formar um complexo que é excretado nas fezes. Como resultado, os altos níveis de fosfato na DRC são reduzidos.

As propostas básicas da dieta especial (chamada de dieta vegetariana, preferencialmente suplementada com aminoácidos e cetoácidos essenciais), contemplam os seguintes pontos:

Ajudar no controle da produção de impurezas no sangue

Se você é portador da DRC e sua dieta é rica em proteínas, muitas impurezas (ureia, ácido úrico, creatinina), derivadas da dieta proteica, acumulam no sangue.

  • A dieta restrita em proteínas reduz efetivamente o acúmulo de impurezas.

Para reduzir a sobrecarga nos rins

Impurezas derivadas do metabolismo das proteínas devem ser excretadas pelo rim.

  • Assim, na prática de uma dieta restrita em proteínas, poucas impurezas serão geradas, não forçando, dessa forma, a atividade remanescente dos rins.

Para diminuir ou parar a deterioração da função renal e atrasar a diálise

Com a progressiva destruição da unidade funcional dos rins, as unidades sobreviventes são forçadas ao máximo. Como consequência, o controle de muitos processos fisiológicos fica inadequado e a função renal é gradualmente reduzida.

  • A dieta restrita em proteínas consegue diminuir e até parar o processo de lesão das células, por fazer com que os rins não trabalhem demais.

Ajudar no controle das complicações que estão associadas à doença renal

Se seu corpo não consegue eliminar as impurezas geradas, como resultado da sua ingestão diária, o seu sangue apresentará uma quantidade elevada dessas substâncias, o que desencadeia outras complicações. Os primeiros sinais são muito genéricos como dor de cabeça, fadiga, perda do apetite, náusea e vômito. Outras complicações são vistas frequentemente na doença renal crônica como: acidose metabólica, hiperfosfatemia, distúrbio no metabolismo da glicose e distúrbio no metabolismo dos lipídios.

  • A dieta restrita em proteínas reduz o acúmulo de impurezas reduzindo assim, o aparecimento de complicações.

Objetivos da dieta restrita em proteínas

  • Controlar o acúmulo de impurezas no sangue;
  • Diminuir a sobrecarga renal;
  • Diminuir a deterioração da função renal e postergar a diálise;
  • Controlar as complicações da DRC;

Existem controvérsias sobre a restrição de proteínas no estágio 4 a 5 (se não há diálise). Por inúmeros motivos como perda de apetite, catabolismo e desordens gastrointestinais, muitos pacientes desenvolvem desnutrição proteico-calórica nesses estágios avançados e perdem peso. Alguns médicos não recomendam a dieta restrita em proteínas, pois ficam receosos que isso possa contribuir para o aumento desnutrição. Pergunte ao seu médico/nutricionista qual é a dieta mais recomendada para você nesse momento. Se você seguir a dieta restrita em proteínas, com uma ingestão proteica menor que 0.6g/kg peso/dia, a suplementação vai te proteger da falta de aminoácidos e cetoácidos essenciais. Ao mesmo tempo, também, é importante se certificar da quantidade calórica.

Ingestão proteica na diálise (hemodiálise e diálise peritoneal)

Se você iniciou a diálise, você tem uma grande necessidade de proteínas, devido à perda de aminoácidos e proteínas durante a terapia dialítica.

Na hemodiálise, somado à perda dos aminoácidos pela membrana do dialisador, o catabolismo secundário à hemodiálise contribui para uma maior necessidade de proteínas. Se você é paciente da hemodiálise, você deve incrementar sua ingestão de proteínas para aproximadamente 1.2g/kg peso/dia.

A diálise peritoneal reduz as impurezas das proteínas do corpo. Contudo, quando o ciclo é completado, o corpo perdeu, também, peptídeos (fragmentos de proteínas) que são normalmente encontrados no sangue. Então, a ingestão diária de proteínas deve ser 1.2-1.3g proteína/kg peso/dia. Durante a peritonite a necessidade é ainda maior (1.5g proteína/kg peso/dia), pois nesse estado inflamatório os poros dos vasos peritoneais são mais permeáveis para a perda proteica.

Não importa qual o tipo de diálise, sua ingesta proteica deve ser alta – isso significa leite e seus derivados, ovos e carne devem ser escolhidos como fonte de proteínas. Se sua ingestão de proteínas cair dos valores recomendados, você pode desenvolver desnutrição proteico calórica.

Ingestão recomendada

Na doença renal crônica [2,3]:

Se TFG = 25 a 70 ml/min
0.55-0.6 g/proteína/kg de peso/dia (sendo 2/3 de alto valor biológico);
Se TFG < 25 ml/min: 0.55-0.6g/proteína/kg de peso/dia (sendo 2/3 de alto valor biológico); ou 0.3-0.4 g suplementado com cetoácidos;

Na Hemodiálise [2,4]:

1.2-1.4 g/proteína/kg de peso/dia (sendo mais que 50% de alto valor biológico);

Na Diálise Peritoneal [2,4]:

1.2-1.5 g/proteína/kg de peso/dia (sendo mais que 50% de alto valor biológico);

Ingestão de calorias na doença renal crônica (pré-diálise e diálise)

A ingestão calorias suficiente é muito importante para sua saúde e bem-estar. Ingerir calorias insuficientes vai levar à quebra de proteínas (especialmente nos músculos) – resultando no seu enfraquecimento e perda de peso corporal.

A sua necessidade de energia depende da sua idade e da sua atividade física. De uma forma geral, sua ingestão calórica deve ser [1]:

35kcal/kg peso/dia se você não completou 60 anos;

30-35kcal/kg/peso/dia se você tem mais que 60 anos;

Dicas para obter calorias extras (para pacientes em pré-diálise e hemodiálise)

  • Não utilize produtos diet´s;
  • Adicione nata nos cereais, pudim de leite e sopas;
  • Utilize carboidratos mais simples como açúcar, mel, geleia nos pães, torradas;
  • Adicione margarina/manteiga nos vegetais e batatas;
  • Adicione margarina/manteiga/ óleo nas massas;
  • Frite suas batatas ou vegetais;

Ingestão energética durante a pré-diálise

Ingerir a quantidade certa de energia é essencial em qualquer dieta com restrição de proteína. A prática da dieta restrita em proteína já faz com que você tenha uma redução significativa de alimentos que fornecem boa quantidade de energia. Isso significa que você precisa de energia extra de outros alimentos – as quantidades de carboidratos e lipídeos devem estar aumentadas para se manter uma alimentação balanceada.

Deve ser enfatizado que a dieta restrita em proteínas não deve ser entendida como uma redução de todos os alimentos, mas uma limitação ou omissão de alguns alimentos que causam complicações metabólicas. Você deve comer em abundância alguns alimentos para garantir uma boa oferta calórica.

Mesmo se você não segue a dieta restrita em proteínas você deve se esforçar para ingerir calorias suficientes. Muitos pacientes nos estágios 4 e 5 sofrem de desnutrição proteico-calórica. Existem várias causas da desnutrição proteico-calorica, das quais fazem parte:

  • Diminuição do apetite devido aos sintomas da DRC;
  • Catabolismo induzido por um estado inflamatório e/ou acidose metabólica e/ou mudanças no sistema endócrino;
  • Alterações no trato gastrointestinal (redução da motilidade gástrica);

Ingestão de calorias durante a diálise

Se você está sendo submetido à hemodiálise, a necessidade de uma dieta com quantidade suficiente de calorias é maior, pois há maior risco de acontecer a desnutrição proteico-calórica. Adicionados aos fatores já existentes no estágio de pré-diálise, a hemodiálise pode agravar ou causar desnutrição, por meio de outros fatores, como:

  • Induz ao catabolismo;
  • Pode agravar o estado inflamatório;
  • É acompanhada de perda de nutrientes (aminoácidos);
  • É acompanhada de perda sanguínea, a qual é pequena no momento da diálise, mas por longo período de tempo se torna mais grave;

Na diálise peritoneal grande quantidade de glicose é absorvida da solução dialítica. Então, pacientes de diálise peritoneal apresentam mais energia do que eles realmente precisam. Em contrapartida, os altos níveis de glicose diminuem o apetite, o que pode levar a uma insuficiência de outros nutrientes. Pacientes de diálise peritoneal perdem mais proteínas do que pacientes da hemodiálise e, também, são pacientes de alto risco para desenvolver desnutrição.

Ingestão Recomendada

Na pré diálise e diálise [1]:

< 60 anos = 35 kcal/kg de peso/dia;
≥ 60 anos = 30 a 35 kcal/kg de peso/dia;

Ingestão de fosfato na doença renal crônica (pré-dialise e diálise)

Depois do cálcio, o fosfato é segundo mineral essencial do organismo. Fosfato é encontrado em qualquer célula do corpo, porém mais de 80% dele está presente nos ossos e dentes. Fosfato é um elemento importante para diversos processos do organismo, a citar:

  • Formação dos ossos e dentes;
  • Utilização das gorduras, carboidratos e proteínas para o crescimento e reparação;
  • Produção de energia;
  • Utilização das vitaminas do complexo B;

Por que devo cuidar da ingestão de fosfato se sou portador da doença renal crônica?

Altos níveis de fosfato podem ser detectados no seu sangue porque seus rins não estão aptos para excretá-lo de maneira adequada. Tanto na hemodiálise como na diálise peritoneal os níveis de fosfato aumentam porque esses mecanismos não conseguem eliminá-lo efetivamente. Altos níveis de fosfato podem causar coceira e perda de cálcio dos ossos (como na osteoporose). Além disso, fosfato elevado induz à calcificação das artérias podendo desenvolver doenças cardiovasculares.

Altos níveis de fosfato contribuem para o desenvolvimento de fraqueza óssea e doenças cardiovasculares na DRC

Muitos alimentos ricos em proteínas, também, contêm grande quantidade de fosfato. Sendo assim, em dietas com restrição proteica, automaticamente, ocorre uma redução na ingestão de fosfato, conduta que favorece a correção dos altos níveis de fosfato. Além disso, níveis muito elevados de fosfato são tratados com medicamentos que bloqueiam sua absorção no trato digestivo. Esses medicamentos são denominados de quelantes de fosfato. Eles se ligam ao fósforo enquanto ele ainda está no tubo digestivo. Dessa forma o fosfato é eliminado pelas fezes e não é absorvido.

Quais são as fontes de fosfato?

A seguir estão os principais alimentos ricos em fosfato:

  • Leite, iogurte, queijo;
  • Carne (fígado);
  • Peixe;
  • Grãos e cereais;
  • Feijão e ervilha;
  • Nozes e amêndoas;
  • Chocolate/cacau- Refrigerante e cerveja;

Ingestão recomendada:

Na Pré-Diálise [1-3]:

DRC no estágio 3 a 5 = 600/800 – 1.000 mg/dia;
Se os níveis de fosfato ou hormônio da paratireoide estiverem elevados;

Na Diálise [2,3]:

800 – 1.000 mg/dia;
Se os níveis de fosfato ou hormônio da paratireoide estiverem elevados;

O cálcio é o mineral mais abundante do corpo humano. Quase todo o cálcio do seu corpo está nos seus ossos e dentes, onde ele é responsável pela força e estabilidade. Apesar disso, uma pequena quantidade de cálcio sempre está na corrente sanguínea. Exerce diversas funções no organismo, das quais mencionam-se:

  • Formação dos dentes e ossos;
  • Coagulação;
  • Contração muscular (incluindo o coração);
  • Realiza a transferência de informações da membrana para a célula;

Infelizmente, as boas fontes de cálcio são ricas em fosfato e proteínas. Limitando sua ingestão de proteínas no estágio de pré-diálise você, provavelmente, cortará boas fontes de cálcio. No entanto, a ingestão de cálcio deve ser garantida, caso contrário, os ossos ficam frágeis e dolorosos (como na osteoporose). Por favor, esclareça com o seu médio se você necessita de uma suplementação de cálcio.

Se a sua ingestão de cálcio é muito baixa, os óssos ficam frágeis e dolorosos.

No estágio de diálise você pode ter acesso a altas doses de cálcio. Então, sua ingestão de cálcio ficará acentuada. Nesses casos, pode ser necessário reduzir a quantidade de cálcio da alimentação.

Quais são as fontes da cálcio?

De longe, as melhores e naturais fontes de cálcio são:

  • Leite e seus derivados;
  • Ovos;
  • Peixes;
  • Vegetais verdes, ervilhas, feijão, lentilha e batata;
  • Cereais;
  • Água mineral

Instalação recomendada:

Nos estágios 3 a 5 (Pré-Diálise e Diálise) [1,2]:

< 2.000 mg/dia (incluindo os quelantes de fosfato);

Ingestão de sódio na doença renal crônica (pré-dialise e diálise)

Sódio é um mineral essencial. No seu organismo, o sódio é o íon predominante no liquido extracelular e deve ser controlado de maneira precisa. O sódio junto com o potássio (o principal cátion dentro das células) são responsáveis por manter uma equilibrada distribuição de água e a pressão arterial. Isso significa que o corpo necessita e uma pequena quantidade de sódio para:

  • Regular o volume hídrico e a pressão arterial;
  • Regular o equilíbrio ácido/base;
  • Manter uma função normal dos músculos e dos nervos;

Por que devo tomar conta da ingestão de sódio se sou portador da DRC?

Na doença renal crônica os rins excretam menos água. Essa redução já começa na pré-diálise e piora com a progressão da DRC. Quanto menos água é excretada, mais água é retida no corpo podendo causar edema e pressão alta. O sódio atua como um imã de líquido e pode estimular ou piorar essa condição. Então, é necessário reduzir a ingestão de sódio. Isso pode não ser fácil, pois o sódio está presente no sal de cozinha, um dos principais condimentos da nossa culinária.

No tratamento dialítico um outro efeito do sódio ganha importância: Ele faz você sentir sede. Portanto, quando mais você restringir o sódio, mais fácil fica para ingerir menos líquido. Por favor, converse com seu médico e nutricionista para obter mais informações.

Quais são as fontes de sódio?

Sal de cozinha é a principal fonte de sódio

O sódio é o mineral encontrado apenas em pequenas quantidades na comida natural. Diferente dos outros minerais, o sódio, tem um sabor reconhecível e popular. Devido a isso ele é adicionado a comidas industrializadas (às vezes em grande quantidade).

Alimentos ricos em sódio:

  • Sal de cozinha;
  • Sopas industrializadas, caldos e temperos;
  • Salgadinhos;
  • Queijo industrial;
  • Azeitonas, picles;
  • Shoyu;
  • Ketchup;
  • Fast Food;
  • Alimentos defumados;

Praticas para reduzir o seu consumo de sódio

  • Leia os rótulos alimentares – procure por produtos com menos de 100mg de sódio por porção;
  • Não coma alimentos que o sal de cozinha está entre os cinco primeiros ingredientes no rótulo alimentar;
  • Utilize ervas/especiarias para temperar sua comida;
  • Tente comer comidas frescas;
  • Pão é rico em sal de cozinha;

Ingestão recomendada

Em todos os estágios da DRC [1-3]:

<2.500 mg/dia ou 5 a 6 colheres de chá/dia;

Ingestão de potássio na doença crônica renal

Potássio é o terceiro mineral mais abundante no organismo. Ele está, principalmente, localizado dentro das células e é considerado o íon que contrabalanceia o sódio e o cloreto. O balanço adequado entre esses minerais é necessário para manter a função corporal. Potássio é essencial para as células, tecidos e órgãos – incluindo o coração.

O potássio está envolvido em diversas funções, como:

  • Contração muscular;
  • Manutenção do balanço hidroeletrolítico;
  • Condução do impulso nervoso;

Por que devo monitorar a ingestão de potássio sendo portador da DRC?

O próprio funcionamento das células, tecidos, órgãos – incluindo o coração – necessita de potássio. Os rins são responsáveis por manter um nível ótimo de potássio no sangue. Na doença renal crônica, quando a função renal está prejudicada, o nível do potássio no sangue pode ser afetado. Essa situação já pode ocorrer na pré-diálise.

Adicionado ao aumento da ingestão de potássio da dieta e sua eliminação reduzida, os níveis de potássio podem ser indiretamente influenciados pelo consumo de calorias: Se o consumo não está adequado, os músculos serão degradados, e a partir disso, liberarão mais potássio na corrente sanguínea.

Altos níveis de potássio podem causa fibrilação

A hemodiálise pode não ser suficiente para remover todo o potássio. Diante disso, se faz necessário, reduzir o consumo de potássio entre as sessões.

Na diálise peritoneal, o potássio é removido a cada ciclo. Isso pode causar níveis baixos de potássio, sendo necessário aumentá-lo na alimentação. O controle na ingestão de potássio deve ser monitoração a cada mês.

Níveis altos de potássio são perigosos. Sintomas de alta quantidade de potássio podem incluir fraqueza, náusea e fibrilação. Consulte seu médico para controlar seu nível de potássio. Altos níveis são facilmente tratados com diuréticos. Seu nutricionista o ajudará a reduzir o potássio da alimentação – se necessário.

Quais alimentos são fonte de potássio?

Alimentos ricos em potássio:

  • Abacate, banana, maçã, kiwi, uvas, melão, frutas secas;
  • Suco de fruta;
  • Vegetais verdes escuros, brócolis, feijão, batata, tomate;
  • Nozes e amêndoas;
  • Pão integral e cereais;
  • Leite e seus derivados;
  • Condimentos – substitutos do sal de cozinha

Dicas para reduzir o potássio da alimentação

  • Você pode reduzir o potássio das batatas e de outros vegetais tirando a casca, cortando em pedaços pequenos e fervendo em água por 2 horas;
  • O cozimento reduz o potássio das frutas e vegetais em 50%;
  • Utilize frutas enlatadas, sem comer o líquido;
  • Utilize frutas e vegetais congelados;
  • Cozinhe os vegetais e as batatas separadamente;

Ingestão recomendada:

Na Pré-Diálise [1]:

Estágios 4-5 da DRC: < 1.500-2.000 mg/dia;

Na Diálise [1,2]:

2.000-2.500/2.700 mg/dia;

Ingestão de líquidos na doença renal crônica (pré-diálise e diálise)

Quando a sua função renal está diminuída, seus rins vão produzir menos urina. Quanto menos urina seu rim produz, menos líquido você pode ingerir. A quantidade diária de líquido que você pode ingerir depende da quantidade de urina que seu rim produz.

Ingestão de líquido na pré-diálise

Nos estágios mais recentes (estágio 1-4) você não precisa limitar a ingestão de líquido, desde que sua produção de urina esteja normal.

Com a piora dos seus rins (estágio 5) associada à presença de suor nos seus tornozelos e pés ou ganho de peso, você deve restringir o consumo de líquidos.

Principalmente no tratamento dialítico, deve-se observar a quantidade de líquidos ingeridas

Ingestão de líquido na hemodiálise

Se você é um paciente da hemodiálise, é importante que você limite a ingestão de líquidos entre as sessões. Você vai urinar pouco ou nada e a excreção de líquidos fica limitada ao suor, respiração e fezes. Os líquidos podem aumentar entre as sessões de hemodiálise e causar suor excessivo (tornozelo e pés), edema, ganho de peso. Vale ressaltar, que os líquidos podem adentrar o pulmão, resultando em edema pulmonar, além de aumentar a pressão arterial.

Você deve tomar cuidado de quanto você ingere de líquidos. Preste atenção, qualquer comida que é líquida na temperatura ambiente, contém água (sopa, sorvete, pudim de leite). Muitas frutas e vegetais contém grande quantidade de água (melão, uva, maçã, laranja, tomate e alface). Todos esses alimentos somam na ingestão diária de água.

O melhor jeito de monitorar a ingestão de líquidos é se pesar com frequência. O peso ganho entre as sessões de hemodiálise deve estar entre 1 a 2 kg.

Ingestão de líquido na diálise peritoneal

Se você realiza diálise peritoneal, não é necessário restringir a ingestão de líquido como na hemodiálise. Ao ajustar a concentração de glicose na solução de diálise, você consegue regular a excreção de líquido. Por favor, verifique sua urina e seu peso regularmente.

Pergunte ao seu médico a sua recomendação de ingestão de líquidos. Algumas vezes, se faz necessária a redução da ingestão de líquido e de sal para evitar o excesso e a pressão alta.

Dicas para aliviar a sede e controlar a ingestão de líquidos

  • Comer balas azedas;
  • Chupar gelo;
  • Mastigar balas sem açúcar;
  • Evitar comidas salgadas;
  • Molhar sua boca com água sem engolir;
  • Comer pequenas quantidades de frutas congeladas;
  • Comer fatias de limão;
  • Não utilizar o sal de cozinha;
  • Utilize copos pequenos de água;

Ingestão recomendada

Regra de ouro para ingestão líquida diária na Hemodiálise [1]:

500-1.000 ml/dia mais o volume urinário excretado;

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