Diálise Peritoneal

Cada rim contém aproximadamente um milhão de néfrons, os quais são denominados unidades funcionantes dos rins. Cada néfron apresenta um glomérulo, que consiste em um aglomerado de vasos pequenos denominados de capilares glomerulares. Esse aglomerado é revestido por uma cápsula (cápsula de Bowmann) por onde os vasos adentram. O néfron está situado no córtex do rim.

Figura 1: O néfron – o local onde a urina é formada

Tipos de diálise peritoneal

Existem duas maneiras de se realizar a diálise peritoneal: A diálise peritoneal ambulatorial continua (DPAC), a qual tipicamente é realizada durante o dia e a Diálise peritoneal cíclica continua (CPCC), a qual pode ser realizada no período da noite utilizando uma máquina que drena e injeta as soluções no abdômen automaticamente. Ambas as formas são feitas pelo paciente sem necessitar de ajuda.

Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC)

DPAC é a forma mais comum de diálise peritoneal. Não necessita de máquinas e pode ser realizada no seu dia-a-dia. Com a DPAC, seu sangue é filtrado continuamente. A solução de diálise passa do recipiente para seu abdômen e lá fica por horas enquanto o cateter está fechado. Depois, você drena a solução de diálise para o outro recipiente. Assim, você usa o mesmo cateter para injetar nova solução de diálise e repetir todo o processo. Com DPAC a solução de diálise permanece no abdômen de 4 a 6 horas (ou mais). O processo de drenagem e injeção de nova solução dura em média de 30 a 40 minutos. Deve ser feito em um local limpo e adequado. A maioria das pessoas troca a solução de diálise quatro vezes ao dia e antes de dormir aplicam uma solução de diálise nova. Com o DPAC você não precisa acordar durante a noite para realizar um novo ciclo.

Diálise peritoneal cíclica contínua (DPCC)

DPCC é também chamada de diálise peritoneal automática. Ela necessita de uma máquina chamada de ciclador para abastecer seu abdômen por três vezes durante a noite. Pela manhã, você realiza um novo ciclo que é o suficiente para o dia inteiro. Depois disso, você está livre para realizar suas atividades rotineiras. Antes de ir dormir, o cateter necessita ser reconectado ao ciclador e a ciclagem recomeça.

Existe uma forma modificada da DPCC que é a diálise peritoneal plus, a qual necessita de um ciclo adicional durante o decorrer o dia. Essa técnica é geralmente empregada para pacientes acima do peso ou quando a membrana peritoneal realiza a filtragem de uma forma mais demorada. Se essa técnica for requisitada pelo seu médico, você utiliza o ciclador durante a noite e, também, realiza um ciclo durante o dia. Dependendo o ciclador você pode utilizar o método de DPAC. Essa ciclagem adicional é essencial para reduzir as impurezas e o excesso de liquido no seu corpo.

Acesso da diálise peritoneal

Antes de realizar a primeira diálise, um cirurgião colocará um tubo macio e pequeno denominado cateter de Tenckhoff no seu abdômen. O cateter começa a trabalhar perfeitamente, geralmente, após 10 dias (2 a 3 semanas) quando o ponto de inserção começa a cicatrizar. Essa é outra maneira de realizar o tratamento de uma forma correta e obter sucesso. O cateter é permanente e ajuda a transportar a solução de diálise para dentro e para fora da cavidade abdominal. Somente um cateter fica posicionado do corpo e recoberto, enquanto os outros ficam em média 4 polegadas para fora dependendo do cateter. O cateter garante o enchimento da cavidade abdominal e também a saída da solução de diálise.

Possíveis complicações da diálise peritoneal

A complicação mais comum da diálise peritoneal é a peritonite, uma inflamação grave do abdômen. Essa infecção pode ocorrer quando a inserção do cateter está infectada ou se houver alguma contaminação na conexão do cateter com os recipientes. Para tratar a peritonite, é necessária antibioticoterapia prescrita por um médico. Para evitar a peritonite, você precisa ser sempre cauteloso nos procedimentos e saber reconhecer os estágios iniciais da peritonite que incluem:

  • Febre;
  • Coloração não comum ou turva do fluído utilizado;
  • Vermelhidão e dor ao redor do cateter.

Para a peritonite ser efetivamente tratada, sem causar complicações, você deve reportar esses sinais para seu médico o mais rápido possível

Passos para ter uma boa higiene das mãos para prevenir peritonite

Antes de você encostar no cateter, na saída ou nas conexões, você deve sempre lavar e fazer a assepsia das mãos. Fazendo isso, você diminui a quantidade de bactérias e vírus na sua mão e, consequentemente, o risco de causar uma infecção é reduzido.

Realizando uma boa higiene das mãos você consegue evitar as infecções.

Primeiro passo, lave cuidadosamente suas mãos para remover a sujidade aparente. Certifique-se que suas unhas estão limpas. Então seque suas mãos. Próximo passo, assepsia. Certifique-se de utilizar a quantidade certa de antisséptico para assegurar o procedimento. Devem ser incluídas unhas e o pulso. Não utilize anéis, relógios, braceleiras, etc. durante o procedimento. Se você tem um dispensador de antisséptico utilize seu cotovelo para aplicar o antisséptico, assim você evita a contaminação das mãos.

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